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A sombra

Introdução Rodrigo, talvez o garoto mais inteligente de sua turma, talvez o mais sensível entre seus amigos. Mesmo se distanciando um pouco era de se esperar que as coisas viessem um pouco mais fácil que o comum. Tinha olhos claros, cabelos pretos e a pele em uma tonalidade branco. O padrão em que a maioria das pessoas mais velhas colocam suas expectativas, o nerd e amante de informática e língua portuguesa da turma. Três irmãos, Rodrigo o caçula e sombra de seus irmãos, Carlos que sonhava em ser músico um dia com suas próprias composições que o mesmo colocava em terceira pessoa para relatar seus problemas internos, Gabriel que queria se tornar um dia tudo que os três sentiram mais ausência depois de se mudarem para Fresno, sonhava em ter um bom emprego, casar e poder ser pai um dia. Mário e Carlos, de uma boa altura, morenos. Depois de saberem sobre seu até então pai, foram libertos de certas atrocidades com o padrasto. Ambos com a chegada de uma possível liberdade se pe

Refúgio de uma só liga

R efúgio de só uma liga Bem, pega um pouco mal o fato de começar as coisas de tal maneira usando referência ao que Ton determinou como tal desse e também do último minúsculo apartamento. Sim, concordo que meio que pelo fato de como introduzidos em diversos meios que a vida envolve cada indivíduo de uma forma em especial e como tal forma da origem a ciclos e correntes que acabam ligando as coisas, realidades e sentidos. Acaba que mesmo como meu jeito niilista de ser vejo que cada um se perde de certa forma, mas você pode não estar totalmente solto. Agora deveria eu tomar um pouco da narrativa e expor de certa forma o primeiro titulo que me vem a mente "O Refúgio de só uma liga" . Fico um pouco extranho ao expor tal lado que mesmo que eu não queira quer dizer como certo as coisas que ele diz e como acontece, apesar das vozes e apesar de cada coisa ou sentimentos que podem nos deixar imersos em situações e em nos mesmo, mas por alguma forma temos algo em comum. temos um refúgio

Esboços

Esboços Era só mais uma caminhada como em qualquer dia de sua rotina, apesar do incomum ainda aparecer cada vez mais. O dia, as passagens e o leve soprar do vento em cada verde que se podia enxergar. Mas ele sabia, mesmo que por intuição sempre estaria no mesmo local, e não deixaria de ver as mesmas coisas. Como se a pressa do tempo e o estresse tivessem dado uma pausa, assim como o calor e o radiar da luz do céu tivesse dado uma pequena pausa que parecia não ter fim, como se por um instante ou por algumas horas fosse necessário seu dia ficar em preto e branco. Ficava então em seu pequeno mundo, dando conselhos a se mesmo. Escolhendo cada local onde pisar e direcionar o olhar, simplesmente para tentar fugir um pouco dos tãos previsíveis sermões que damos a nós mesmos. Bem, cada folha seca, cada galho ou cada coisa que estivesse em seu ponto de vista poderia naquele instante ter a maior intensidade e importância por preencher por leves instantes o que seu vazio não sabia mais o que p

Arcano

Bem, talvez tudo tenha começado ali... No simples fato de você dizer que ele era o seu anjo. Bem, queria ele que sim, ser como o chamas e ter o dever e prazer de lhe proteger de tantas coisas que se dirigem a se colidir com nossos sentimentos. Ele não tem tanta certeza, se consegue ou não manter se ao título e estar bem ao seu lado sempre que possível e te proteger. Embora o mesmo aceitando dia a dia que não há como se desviar das curvas que a vida lhe proporciona. De seu saber, deveria pedir desculpas por não se achar o suficiente ou por precisar tanto ter alguém a quem faça questão de estar em seu zelo para se sentir vivo e com algum significado. Passaram se vinte dias em curvas abertas e fechadas, mas o mesmo sem muita certeza de si vê algo no horizonte e em seu banco de passageiros. Ambos talvez realmente nunca tiveram nada a se agarrar, a não ser por aquele momento que parecia haver algo além do horizonte. Mas como a cada curva era possível se sentir ainda mais aconchega

Flamejante

Flamejo Não sabendo direito, não consegue ele evitar o aprisionamento do olhar em seu copo naquele instante. Espera, será um momento, instante? Segundos, minutos, horas? Tarde demais para ter consumido o que estava ali dentro? Tarde demais, Cris, para pensar somente agora em aquecer ele com o toque de seus lábios. Pôr do Sol, olhares, piscares que soam lentamente de uma forma automática no ar sem que se sufoquem com a mesma pressão de Cris tentando dizer para si mesmo que tudo esta bem, que ainda continuará bem. Palavras e pensamentos jogados ao vento de uma forma flamejante que não parece ser tão animador quanto deveria ser. Onde andaria as percepções que alguns poderiam ter de o quanto tudo esta longe, de o quanto Cris está longe. Já não havia mais espaços, Cris não tem mais o que se esfriar em suas mãos por tentar sempre se apegar às coisas flamejantes do momento. Estava escuro, havia somente o copo em sua frente tentando mostra-lo que o flamejante também está corroendo Cris d

Residência - parte 3

Resistência Parte 3   Simplesmente era tudo o que eu mais queria naquele momento. O tempo corre e cada vez mais me pressiono por dentro e por fora à espera de simplesmente ocorrer algo. Mas sei lá, não dá. Toda vez que penso ou tento o próximo passo algo por dentro me reprime.   Eu quero, me pressiono, os fatos me pressionam e no real tudo me leva à indecisa questão de abrir essa porta. Sei que algo me espera, algo que talvez não seja a melhor coisa do mundo mas seja lá o que for busca algo aqui. Porém olho para toda a casa e não vejo o menor valor assim oferecer. Se bem que alguns anos atrás eu enxergava tanta coisa, eu lhe valorizava. Todos os dias ao sair com meus colegas amava ficar na praça admirando sua localização, suas lindas cores vivas e que me enchiam de alegria nas noites de solstício poder ouvir o quanto nos colegas admirava. Minha insegurança colocou ela na frente do assunto, na frente dos amigos e na frente das residências alheias. Com o tempo não se via amigos,

Residência - Parte 2

Residência Parte 2     Passou-se certo tempo e fui me encontrando cada vez mais ali. Era tão gratificante caminhar pela casa e saber que tudo era simples, mas ao mesmo tempo glorioso e esbelto. Com muito medo comecei a fechar portas e janelas para que ninguém me tirasse essa minha segurança de sempre me encontrar ali. Sei que já se foi o pesadelo mas não me sinto desperto.     Todos os dias eram demais, caminho por toda a casa sabendo que tudo de mim estava ali. Trago minha caneca ao sentar enfrente escrivaninha, escrevo e permaneço a espera de alguns e-mails. seria minha forma de me aproximar pouco ao menos. Passando à escrever mais e consequentemente tomar muito café...     É difícil pra mim mas sinto a necessidade de me ver um pouco longe daqui, sendo a maneira mais segura... Então certo dia parei com a caminhada quebrando a rotina. Desliguei-me da casa assim como da televisão, não me sentia bem para escrever e deitei-me no tapete...     De repente ouço vindo de fora uma suav